Em 1992 meu pai era o Treinador do Tokyo Gas, clube de futebol na capital japonesa, sendo responsável pelo time principal e também por criar a infraestrutura para o clube crescer organizadamente.
Os clubes ainda não eram 100% profissionais e a J-League foi criada poucos anos depois.
Acompanhei meu pai, o Professor José Teixeira, nos jogos e treinamentos durante 3 meses, convivendo e conhecendo aquele país e povo maravilhosos, que nessa época tinha apenas 47 anos do pós-guerra, e já era uma potência mundial, que até hoje surpreende os seus visitantes, com seus avanços tecnológicos, transporte público, educação, segurança, respeito, natureza, etc, etc…, é realmente um país incrível, diferente de todos que já conheci.
Certo dia tivemos a honra de receber num dos centros de treinamento, o Rei do Futebol, numa parceira com o clube para difundir ainda mais o futebol no país.
Não havia treino neste dia e assistíamos ao lado do campo sintético o coletivo dos garotos enquanto o Rei não chegava.
Quando o Pelé desce do carro e vem ao nosso encontro, a garotada simplesmente vai parando, parando, e parando de prestar atenção no jogo e olham admiradas ainda não acreditando quem estava ali…, foi incrível presenciar esta cena!
O treino obviamente parou e todos vieram nos rodear para conhecer e fazer fotos com o Pelé!
Depois nos dirigimos a uma sala do clube e la meu pai, o Pelé, o Angelo Maccarielo (Preparador Físico da equipe), conversaram por horas lembrando fatos importantes no futebol brasileiro e mundial, e eu ali, vendo e ouvindo aquelas histórias sensacionais que eles se divertiam em recordar!
Meu pai treinou o Pelé na Seleção de Novos e Seleção Paulista por diversas vezes, e também eram adversários naquele longo tabu que o Corinthians ficou muitos anos sem ganhar do “Santos de Pelé”…
Eu tive a oportunidade de estar com o Pelé por algumas vezes em 1988/1989 quando trabalhei na organização do Torneio Pelé, campeonato com garotos de clubes do Brasil e do exterior, com a final sendo realizada na Vila Belmiro.
E mais adiante, quando meu pai foi Treinador do Santos F.C. em 1996, também pudemos conviver com esta estrela mundial, e ver se perto sua simplicidade e humildade.
Por várias vezes ele ligou em casa para falar com meu pai e saber do seu time, e se identificava simplesmente como “Édson”, como se aquela voz precisasse de identificação!
Meu pai sempre teve muito respeito e admiração pelo Pelé, dizia que “ele está aqui em cima (fazendo um sinal elevado com a mão), depois vêm os outros…”
Num desses outros encontros, pedi um autógrafo do Rei em nossa foto histórica em Tokyo.
Neste 23 de Outubro o Rei do Futebol, o Pelé, o Édson, o nosso amigo, comemorou 79 anos!
VIDA LONGA AO REI!
São histórias da bola e da vida!
#professorjoseteixeira
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